SISMMAR visita escolas e encontra irregularidades

Mesmo com o esforço das equipes para garantir segurança aos estudantes e servidores, dirigentes do SISMMAR identificam problemas em unidades e cobram mudanças urgentes por parte da Seduc; novas visitas serão realizadas nos próximos dias

Em uma das unidades visitadas, direção sindical e vereadora Ana Lúcia (PDT) conversaram com servidoras sobre o retorno presencial – Foto: Matheus Gomes

Em razão da volta às aulas presenciais na rede municipal, desde a manhã de ontem (28), a direção do SISMMAR deu início a uma série de visitas às unidades escolares da Cidade. Nesta quinta-feira (29), à convite do sindicato, dirigentes foram acompanhados da vereadora Ana Lúcia (PDT), como representante da Comissão de Educação da Câmara Municipal. Com o objetivo de fiscalizar as condições sanitárias durante o retorno às salas, bem como orientar sobre os protocolos de segurança vigentes, o grupo identificou alguns problemas e irá cobrar mudanças por parte da Secretaria de Educação. O sindicato parabeniza o trabalho feito pelas diretoras visitadas até o momento, bem como a disponibilidade de colocar em prática todas as medidas que buscam a segurança dentro das unidades.

Visitas

Ao longo destes dois dias de aulas presenciais, Escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei’s) foram escolhidos de forma aleatória para que vistorias fossem feitas, juntamente de conversas com os servidores presentes. Em todas as localidades, no que diz respeito às competências das equipes, houve o distanciamento correto das mesas, sinalização para a orientação adequada no pátio e corredores, além da boa circulação de ar dentro das salas. Apesar do esforço dos trabalhadores para garantir a integridade física de toda a comunidade escolar, a direção sindical encontrou e apontou irregularidades, cometidas por parte da própria Seduc.

A partir da ação das diretoras, medidas dentro das salas de aula seguem protocolo sanitário à risca – Foto: Matheus Gomes

EPI’s

Até o presente momento, em nenhuma unidade houve a entrega de máscaras adequadas para o cenário da pandemia, consideradas como Equipamento de Proteção Individual (EPI), como a cirúrgica ou modelos PFF2 e N95. A maioria dos servidores usa a máscara de pano, não considerada pela saúde ocupacional como um EPI. Ao mesmo tempo, nos locais que contavam com as máscaras corretas, a direção foi informada de que os próprios trabalhadores realizaram as compras. 

Também consideradas como EPI’s, as viseiras de acrílico, chamadas de face shield, foram entregues ainda no primeiro semestre, entretanto, houve a identificação de problemas com o equipamento. Além do tamanho único, que resulta em desconforto e dores de cabeça em diversos servidores, também foi visualizado problemas no próprio material. Para todos os casos, a direção do SISMMAR orientou que a situação deve ser informada imediatamente aos superiores para que a Seduc tenha total conhecimento para a substituição.

Em virtude dores de cabeça e dificuldade de adaptação, servidoras compraram face shield especial, diferente do fornecido pela Prefeitura – Foto: Matheus Gomes

Estrutura Interna e Comissões

Outro problema específico se deve a ausência de sala de isolamento em uma das unidades visitadas, a ser usada caso alguma criança apresente sintomas de contaminação. Até esta quinta, a presença de alunos que os pais optaram pelo ensino presencial se mostrou muito abaixo do que era esperado e do que havia sido informado anteriormente. Em uma das unidades, dos cerca de 40 meninos e meninas que deveriam iniciar as aulas, apenas 11 compareceram. Caso nos próximos dias os pais que desejaram o retorno levem os filhos para as salas, conforme combinado, a disponibilização de uma sala de isolamento será fundamental para evitar qualquer contato de um estudante contaminado com os demais.

Por fim, além deste problema estrutural de responsabilidade da Seduc, o SISMMAR também considera que a Secretaria de Educação precisa realizar um melhor trabalho de orientação para as Comissões de Contingenciamento, formadas por trabalhadores de cada local de trabalho. Mesmo com a equipe tendo interesse e disponibilidade de executar as ações sanitárias, informações diversas não foram repassadas de maneira clara e objetiva por parte da administração municipal. 

Melhorias

Contra a vontade e o entendimento da maioria da categoria e da direção do SISMMAR, o retorno presencial nesta semana, sem a imunização completa dos servidores, resulta na necessidade ainda mais urgente de que medidas sanitárias sejam cumpridas à risca como forma de preservar a vida de toda a comunidade escolar. Mesmo com a divulgação de materiais por parte da Prefeitura de Maringá a fim de convencer a população de que “o máximo de segurança está sendo garantido”, apenas nas primeiras visitas do sindicato e da Comissão de Educação houve a constatação de que é preciso correções urgentes por parte da Seduc. 

Novas visitas serão realizadas, também de maneira aleatória, para que novas realidades sejam conhecidas e todas as informações sejam enviadas para que a Secretaria de Educação tome as providências necessárias e de responsabilidade do órgão. Atuando desde o início da pandemia em defesa da vida, a gestão Sindicato é pra Lutar disponibiliza os canais de comunicação da entidade, como o Aplicativo para celulares, além do WhatsApp pelo 3269-1782, para o envio de denúncias e informações pertinentes neste momento de retorno presencial às salas de aula. 

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