Novas irregularidades são verificadas em unidade de ensino

A direção sindical foi chamada pela representante de local de trabalho para verificar a situação em unidade

A direção do SISMMAR, dando sequência às visitas para verificação da segurança contra a covid-19 nas unidades de ensino, foi solicitada nesta sexta-feira (6) pela representante de local de trabalho (RLT) de um Centro de Educação Infantil (Cmei) para verificar a situação na unidade. 

Desde as primeiras visitas, diversos problemas foram encontrados e registrados pela entidade. Em razão das irregularidades identificadas, o programa Balanço Geral e o portal Ric Mais, ambos da Rede Record no Paraná, chegaram a repercutir as denúncias apresentadas pela direção sindical.

Nesta visita ao Cmei, além dos problemas elencados nas outras unidades, foi também constatada a falta de orientações sobre o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) em alguns setores, a criação de salas de isolamento que não respondem às necessidades da unidade e que algumas orientações apresentadas pela Secretaria Municipal de Educação (Seduc) para as equipes diretivas foram bastante questionáveis.

Dificuldades

Após a denúncia do SISMMAR sobre a falta de salas de isolamento nas unidades de Educação, foi elaborado todo um operativo pela Seduc para a criação deste espaço nas unidades que ainda não apresentavam. Contudo, como verificado na visita, existem unidades de ensino que apresentam salas que não respondem às necessidades requeridas para segurança contra a covid-19. O Cmei visitado, por exemplo, apresentou como sala de isolamento um espaço sem ventilação que é atualmente utilizado como depósito. Conversando com a equipe diretiva, constatou-se que a criação da sala neste ambiente foi orientação da assessoria da educação infantil.

No caso da falta de orientações, as servidoras que estão lotadas na cozinha questionaram sobre quais os momentos adequados para o uso das face shields. Uma das principais dúvidas está relacionada ao momento de preparação dos alimentos, vide que o equipamento é feito de acrílico e as trabalhadoras ficam expostas à altas temperaturas. Fato que pode levar ao derretimento do equipamento. Houveram espaços de formação para debater sobre seu uso, mas ainda não ficaram explícitos quais são os momentos que o EPI deve ser utilizado.

As equipes diretivas, ao que foi verificado, pedem ajuda à Seduc para a resolução dos problemas enfrentados pelo retorno presencial das aulas. Contudo, as saídas são bastante questionáveis. A criação de uma sala de isolamento sem ventilação foi apresentada pela própria secretaria, a falta de orientação no uso das face shields pelas trabalhadoras da cozinha também foi falha da gestão da Seduc. Fatos que dificultam formação das equipes para o combate à pandemia e atuação das comissões de contingenciamento locais.

Denúncias

Novas visitas serão realizadas, também de maneira aleatória, para que novas realidades sejam conhecidas e todas as informações sejam enviadas para que a Secretaria de Educação tome as providências necessárias e de responsabilidade do órgão.

Atuando desde o início da pandemia em defesa da vida, a gestão Sindicato é pra Lutar disponibiliza os canais de comunicação da entidade, como o Aplicativo para celulares, além do WhatsApp pelo 3269-1782, para o envio de denúncias e informações pertinentes neste momento de retorno presencial às salas de aula.