Na luta e na pressão, servidores consolidam a reposição de 5,19%

A batalha pela reposição inflacionária de 2021 foi longa e se encerrou somente em março deste ano, após vários meses de discussões, brigas, mobilizações e sobretudo vitórias! No ano passado, com a vigência da Lei Complementar 173/2020, de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, os salários e diversos direitos do funcionalismo público de todo Brasil ficaram congelados.

Para o governo federal, a conta da pandemia deveria ser jogada nas costas e nos bolsos das servidoras e dos servidores. Diante disso, nem sequer a reposição da inflação, que corrói salários e poder de compra, estava sendo colocada em prática.

Em Maringá, a vitoriosa Campanha Salarial 2021 teve como ponto alto a conquista do reajuste de 5,19% nos salários, como forma de equilibrar as perdas para o aumento generalizado dos preços. Através do SISMMAR e da luta dos trabalhadores, Maringá foi uma das oito grandes cidades do Paraná que a reposição foi concedida, apesar de resistência inicial por parte da Prefeitura de Maringá.

Outra grande resistência foi encontrada no Legislativo, especificamente em uma vereadora, que além de votar contra o reajuste, mais tarde tentou se valer de uma decisão do STF para sugerir ao Prefeito um projeto de lei que poderia suspender os salários reajustados entre os meses de setembro e dezembro. Seriam pelo menos quatro meses com os holerites ainda mais defasados.

Foi por meio da luta e da pressão que em sessão tumultuada a categoria fez valer da força do coletivo para que a própria vereadora pedisse pelo arquivamento da proposta. Ainda assim, a mobilização teve de continuar nesta causa específica até este primeiro trimestre de 2022.

Somente neste período, próximo a data-base, a Câmara Municipal aprovou projeto que regulamentou o reajuste do ano passado, como forma de consolidar os salários sem defasagem até a implementação do novo reajuste e garantir que não haverá qualquer problema futuro para a categoria. Esta batalha encerrada mostra de maneira muito clara sobre a necessidade das trabalhadoras e trabalhadores se organizarem por meio do sindicato que representa a categoria. Se para uma mera recomposição salarial, algo previsto pela Constituição Federal, um direito garantido dos servidores precisa ser defendido com unhas e dentes, novas conquistas e novas leis que valorizem o funcionalismo só sairão do papel com muita luta e muita pressão sobre a Prefeitura e a Câmara de Vereadores.

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