Profissionais da Enfermagem realizam novo protesto em Maringá

Sob organização do SISMMAR e do sindicato Stessmar, novas ações foram realizadas ao longo desta quarta-feira para alertar a população sobre os ataques promovidos pela classe dominante contra uma das categorias mais importantes durante a pandemia de covid-19; Além de Maringá, dezenas de outras cidades também se mobilizaram para criticar e realizar cobranças aos empresários da saúde privada, juntamente do Executivo, Legislativo e Judiciário

Diretora do SISMMAR, Bianca Sanches, em entrevista sobre a manifestação desta quarta-feira – Foto: Matheus Gomes

Desde o começo da manhã de hoje (21/09) profissionais da área da Enfermagem, como enfermeiros, parteiras, técnicos e auxiliares de enfermagem se fizeram presentes na região central de Maringá para um ato em defesa do piso salarial da categoria. Tendo como ponto de encontro a Praça Raposo Tavares, os manifestantes estenderam faixas e cartazes em diversas localidades e fizeram panfletagem de uma carta aberta assinada pelo SISMMAR e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Maringá e região (Stessmar). Seja dos pedestres ou dos motoristas que passavam pela Avenida Brasil, a manifestação recebeu significativo apoio da população que também compreende a necessidade da valorização da enfermagem no Brasil.

Faixas foram estendidas em variados locais do centro de Maringá ao mesmo tempo em que uma carta era entregue para a população – Foto: Matheus Gomes

A manifestação de hoje foi a segunda realizada pela categoria de Maringá, bem como de todo o País, desde a suspensão da Lei 14.434/2022 que estabeleceu um piso salarial nacional da enfermagem. No dia 9 de setembro, também em ato puxado pelo SISMMAR, centenas de pessoas foram às ruas da Cidade contra a medida do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a pedido de entidades patronais. Em ambos os dias, a linha política discutida pela categoria busca fazer críticas específicas a estes grandes empresários da saúde privada, que apesar de lucros recordes nos últimos anos, se manifestam há vários meses contra a existência do piso na forma atual para os trabalhadores. Ao mesmo tempo, outro alvo constante é o próprio STF, especialmente o ministro Luís Roberto Barroso. Por fim, como uma maneira de resolver este problema, a categoria também cobra que o Governo e o Congresso Federal garantam as fontes de custeio do piso.

Manifestação ocorreu ao longo de toda a quarta-feira com presença de trabalhadores do poder público e da iniciativa privada – Foto: Matheus Gomes

Para a gestão Sindicato é pra Lutar, a única maneira de reverter esse retrocesso histórico é a partir da mobilização das trabalhadoras e dos trabalhadores da área. Por meio de atos como o desta quarta-feira e do último dia 9, com o trabalho de explicação e convencimento de toda a população, o objetivo será reduzir o poder de interferência dos grandes empresários da saúde privada no campo da política, ao menos nesta pauta do piso salarial nacional. Novas ações voltarão a ser realizadas em Maringá até que a Lei 14.434/2022 seja estabelecida e os direitos da categoria sejam garantidos.

Gestão Sindicato é pra Lutar defende que a situação só será revertida mediante mobilização da categoria nas ruas de Maringá e do Brasil – Foto: Matheus Gomes

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