Peregrinação do Trabalhador tem manifestação contra o desconto dos dias parados
Dirigentes do SISMMAR e servidores(as) municipais de várias áreas participaram, neste domingo (1º), da Peregrinação do Trabalhador. No evento, organizado pela Igreja Católica, os trabalhadores da Prefeitura protestaram contra a decisão arbitrária e inconsequente do prefeito Pupin (PP) de descontar os dias parados da greve, ao invés de negociar com o sindicato a reposição conforme acordo firmado para encerrar a paralisação.
Vestidos de branco, em ato pacífico, os servidores se uniram aos fiéis para mostrar a população o descontentamento com um prefeito que não cumpre sua palavra e que não se importa se faltará comida na mesa dos trabalhadores. “Nós mostramos a nossa indignação e repúdio ao prefeito, que não honrou sua palavra e mandou descontar os dias parados de uma greve legal e justa”, comentou Iraídes Baptistoni, presidenta do SISMMAR.
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Alguns dos servidores trouxeram seus holerites para comprovar o tamanho do impacto desse desconto na folha de pagamento. Há casos de servidores, que ganho o mínimo de R$ 1.015 ou perto disso, que receberão menos de R$ 800 líquido. Ou seja, quem paga aluguel terá menos de R$ 200 no mês para custear todas as despesas da casa e contas como água e luz. Isso é a prova de que Pupin quis tirar comida da mesa dos trabalhadores como forma de retaliação àqueles que aderiram a uma greve que só existiu porque o próprio prefeito se negava a repor a inflação.
A manifestação dos servidores ganhou grande atenção dos veículos de imprensa que cobriram a peregrinação, que teve um tema mais do que pertinente ao que ocorre com os servidores: “O trabalhador tem direito a seu salário”. Por conta disso, alguns padres criticaram duramente a postura do prefeito em fazer o desconto. Já na paralisação, a Igreja Católica tinha se posicionado a favor dos servidores por entender que a greve ocorria por uma causa justa.
Abaixo, mais fotos da peregrinação, que começou na Praça Regente Feijó (do Centro Esportivo) e seguiu pela Avenida Riachuelo até a Igreja São José, onde foi realizada missa. Foi ato importante, diante de uma administração vingativa e de um prefeito mais preocupado com suas férias nos Estados Unidos do que com as dificuldades pelas quais os servidores foram submetidos com esse desconto injusto.
Cestas básicas
O SISMMAR segue pedindo apoio da comunidade na arrecadação de cestas básicas, que serão revertidas para as famílias dos servidores(as) que terão mais dificuldades financeiras diante do revanchismo de Pupin no injusto desconto dos dias parados da greve. Os vereadores já confirmaram apoio, bem como a Igreja Católica. Até mesmo alguns servidores(as) que têm um salário melhor estão se dispondo a ajudar os mais necessitados.
Até esta segunda-feira (2), ao menos 400 trabalhadores(as) já pediram esse auxílio ao sindicato para não faltar comida na mesa de suas famílias. Quem tiver interesse em ajudar pode contatar o sindicato pelo telefone 3269-1782.