Artigo: 1º de Maio e a luta pelo direito ao trabalho com dignidade

Iraídes Baptistoni
Presidenta do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá – SISMMAR

Amigos e amigas do serviço público de Maringá, o 1º de Maio continua sendo o dia de homenagens a todos que, de uma forma ou de outra, contribuem para a construção do mundo com seu trabalho, continua sendo a data para celebrar as inúmeras conquistas que a classe trabalhadora vem somando ao longo da história, mas é também momento para uma reflexão sobre os riscos que os trabalhadores do Brasil correm de entrar – ou intensificar – em um processo de perdas.

Nos últimos anos vemos movimentos sorrateiros, como a apresentação de uma lei trabalhista que não interessa a quem trabalha e sim a quem emprega, agora vem uma tentativa de empurrar goela abaixo uma reforma na Previdência que, se aprovada como o governo quer, vai penalizar ainda mais os pequenos em detrimento da classe dominante. Não se pode deixar despercebidas as manobras para enfraquecer e até destruir as representações dos trabalhadores, como os sindicatos e as centrais sindicais, que ao congregar os profissionais de suas áreas foram responsáveis por inúmeras conquistas para o mundo do trabalho no decorrer do Século XX e início do XXI.

As principais representações da classe trabalhadora brasileira, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, Central Sindical e Popular Conlutas, Nova Central, CGTB, CSB e UGT , além das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outras estão se unindo contra as medidas tomadas por um governo que definitivamente não está do lado do trabalhador e devem aproveitar as manifestações deste 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, para anunciar os próximos passos da luta.

Iraídes Baptistoni, presidenta do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá – SISMMAR

Além da defesa do direito à aposentadoria, claramente ameaçado a ponto de o atual governo proibir que acompanhemos todos os pontos do projeto que ele está propondo no Congresso Nacional, está na pauta a luta pelos direitos trabalhistas, por emprego, direitos sociais, democracia, soberania nacional e a defesa de uma proposta de reforma tributária que assegure justiça social na arrecadação de impostos.

A unidade dos trabalhadores é fundamental neste momento para que possamos enfrentar os ataques da classe patronal e do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro contra os direitos sociais e trabalhistas. Portanto, a reflexão faz-se uma necessidade premente para que cada um de nós, seja do serviço público ou de qualquer outra área, esteja consciente do que quer para que possa usufruir com dignidade do direito de trabalhar, tanto para o sustento de suas famílias quanto para contribuir com a construção de um mundo melhor.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

8 − 3 =