Não existem apenas duas propostas: SISMMAR e CME debatem calendário escolar
As entidades vão discutir novas propostas, pois uma votação só será democrática quando expressar as propostas de todas as partes envolvidas
A crise, ocasionada pela covid-19, trouxe um tema ao debate de praticamente todos(as) profissionais da Educação Municipal de Maringá: a reformulação do Calendário Escolar 2020. O SISMMAR, enquanto entidade representativa dos servidores(as) das escolas e centros municipais de educação infantil (CMEIs), está participando dessas discussões. Amanhã o sindicato estará presente na reunião do Conselho Municipal de Educação (CME), a convite da entidade, para debater as propostas apresentadas pela Secretaria de Educação (SEDUC).
As propostas seriam originalmente apresentadas em uma reunião convocada para esta finalidade que acabou sendo cancelada. Entretanto, foram divulgadas por meio de grupos em um aplicativo de mensagens. Esta mesma ferramenta é agora utilizada pela secretaria para realizar uma votação para a escolha de uma de suas propostas.
A gestão Sindicato é pra Lutar entende como “equivocada” essa votação, pois sabe que há outras entidades, como o CME e o próprio SISMMAR, que também apresentarão propostas. Para a entidade, uma votação somente será democrática e aceita quando expressar as propostas de todas as partes envolvidas.
Confira as ações que o sindicato desenvolveu até o momento
- 17 de março: foi protocolado documento ao prefeito Ulisses Maia solicitando a suspensão de todos os trabalhos, tendo em vista o risco aos servidores devido a pandemia causada pelo Sars-Cov-2. A previsão da prefeitura era suspender as aulas a partir do dia 23 de março. Entretanto, com a confirmação do primeiro caso de covid-19 na cidade, a suspensão foi decretada a partir do dia 20;
- 9 de abril: a direção do sindicato reuniu com a SEDUC, via aplicativo Skype, para discutir a respeito da educação no município e o calendário escolar durante esse período de pandemia do novo coronavírus. Na ocasião, a secretaria notificou a entidade que não iria aderir ao ensino a distância (EaD), fato que o SISMMAR considera positivo;
- Após essa reunião, a entidade entrou em contato com as representantes do quadro do magistério no Conselho Municipal de Educação com o intuito de aprofundar o entendimento sobre o calendário escolar e as possíveis datas de reposição apresentadas pela SEDUC. Essa aproximação foi importante para conseguir uma reunião ampliada que discutisse o tema e a garantia da entidade estar sempre a par das discussões que tangem a educação da cidade;
- 27 e 28 de abril: a direção do sindicato realiza pesquisa com as diretoras, pois haviam forças políticas e da sociedade civil organizada que queriam a volta ao funcionamento imediato das escolas e CMEIs. Na pesquisa foi solicitada a posição das diretoras, enquanto gestoras eleitas pela comunidade escolar (profissionais, pais e alunos), acerca das condições para a reabertura imediata das unidades, segundo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A resposta sinalizada foi a falta dessas condições;
- 30 de abril: A SEDUC cancela a reunião convocada na qual seria discutida a readequação do Calendário Escolar. Participariam da reunião representantes da Câmara de Vereadores, do Conselho Municipal de Educação (CME), Conselho Tutelar, membros do Executivo, da SEDUC e da direção do SISMMAR. A reunião iria acontecer no auditório Hélio Moreira, anexo ao Paço Municipal, local que, apesar do seu tamanho, não apresenta janelas e ventilação. Por volta das 16h, a proposta que seria apresentada na reunião foi divulgada, por meio dos grupos de um aplicativo de mensagens.