SISMMAR e Prefeitura realizam visita à UPA Zona Norte

Encontro na Unidade foi marcado após reunião entre SISMMAR e Prefeitura há uma semana; visita teve conversa com servidores, constatação de problemas e promessa de melhorias

Encontro nesta sexta-feira colocou diretoria do SISMMAR, gestão municipal e servidores da UPA Zona Norte para uma conversa e vistoria da unidade – Foto: Phill Natal

Após diversas informações repassadas por servidores diretamente ao SISMMAR, foi realizada na manhã de hoje (11) uma visita à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte. Com presença da presidente do sindicato, Priscila Guedes, da diretora Bianca Sanches, do prefeito Ulisses Maia (PSD) e do secretário municipal de Saúde, Jair Biatto, a iniciativa se deu em diversas áreas do complexo a fim de verificar as críticas e demandas apresentadas ao longo das últimas semanas.

O encontro foi acertado há uma semana, após cobranças da gestão Sindicato é pra Lutar em virtude de problemas estruturais informados na UPA Zona Norte, local referência para o combate ao coronavírus. Durante a visita, diversos servidores reafirmaram as reivindicações como o pedido pela jornada de 12/60, contratação de novos servidores e reposição de materiais específicos que estão em número reduzido.

Credenciamento

A falta de efetivo suficiente entre os profissionais da área da saúde aparece como o principal problema interno no momento. Com número insuficiente de trabalhadores, a sobrecarga física e emocional amplia o desgaste da categoria que solicita a reposição imediata como uma maneira de melhorar a própria saúde mental e para oferecerem um serviço ainda melhor aos usuários do sistema público. 

De acordo com a Prefeitura, as tentativas de contratação não foram bem sucedidas como o necessário em virtude do baixo número de interessados nos cargos, especialmente por conta do avanço da pandemia. A modalidade de licitação para contratar novos servidores via credenciamento público resultou na efetivação de alguns novos enfermeiros e médicos nos últimos meses, entretanto, o número ainda é abaixo do que os próprios trabalhadores consideram como ideal. O governo municipal tentará, em breve, novos chamados em busca de interessados nos cargos. 

Sobrecarga

Em decorrência do baixo efetivo, um novo problema surgiu durante a pandemia em Maringá. Depois de aproximadamente seis meses de crise sanitária, a sobrecarga de trabalho resulta em uma piora ainda mais significativa da qualidade das condições para a categoria. Além da tentativa de contratação via credenciamento, os servidores da UPA solicitam a concretização de uma escala de 30 horas semanais. 

De início, a Prefeitura relatou que tentará implementar, para os próximos meses, uma jornada de 12/60 como forma de amenizar este problema. A medida já foi aprovada na Câmara Municipal. Outra proposta que foi enviada ao Legislativo se deve a uma gratificação para os servidores. Em virtude da demora em ser apreciada e votada, o momento atual já não permite este tipo de bonificação em virtude do período eleitoral. Ulisses afirmou que após as eleições a pauta poderá ser analisada novamente. 

Materiais

Outra demanda levantada por alguns dos trabalhadores da UPA Zona Norte, diretamente ao prefeito e ao sindicato, se deve a falta de alguns materiais. Em um dos relatos, foi informado que itens para a realização da limpeza, tanto na cozinha como em outros espaços. Por ser algo que não impossibilita os atendimentos, Ulisses e Biatto garantiram que o problema será resolvido de maneira rápida para não prejudicar o trabalho dos servidores. Outra questão que será analisada é referente as roupas, para a equipe e para pacientes, que estavam em número e modelos insuficientes.

Ação Sindical

Além das cobranças feitas diariamente para a gestão municipal, por conta das demandas apresentadas, ações como desta sexta-feira ampliam o diálogo entre entidade de classe, os trabalhadores e a Prefeitura. Durante a conversa com dezenas de servidores e passagem por alas da UPA, a iniciativa ajuda a mostrar que a categoria pode e deve reivindicar melhorias no local de trabalho para que, juntamente do SISMMAR, as medidas sejam coletivas e sem qualquer risco de retaliações. A direção sindical se manterá atenta a situação do local e também ao recebimento de denúncias anônimas ou informações gerais sobre situações que envolvam os trabalhadores.

Presidente do SISMMAR, Priscila Guedes, apresenta ao prefeito as demandas recebidas pelo sindicato sobre a UPA Zona Norte – Foto: Phill Natal

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