Servidores(as) da Educação se mobilizam contra medidas abusivas da Seduc
O “fino” trato da administração Pupin quanto à reposição dos dias parados da greve ganha, a cada dia, um novo episódio lamentável. O novo ato de desrespeito, desta vez, vem da Seduc, que insiste em agendar a reposição de forma arbitrária, sem a negociação prévia com o sindicato – exigência esta prevista no acordo que encerrou a greve e que, posteriormente, foi descumprido por um prefeito sem palavra (veja a história toda na edição de maio do Jornal do SISMMAR).
A Seduc quer que os profissionais da Educação, que aderiram a uma greve legal e justa (que não teria ocorrido se Pupin não tivesse se negado a conceder a inflação de 11,08% à categoria), façam a reposição no recesso de julho. A medida é injusta, porque o recesso é um período importante para que os professores(as) possam descansar da rotina para voltarem com as baterias recarregadas para a jornada de segundo semestre do ano letivo. Com o recesso, ganham os filhos dos maringaenses na qualidade de ensino, que depende de professores estimulados e motivados.
E vista de mais esse descaso, o SISMMAR tem mobilizado a categoria com apoio dos Representantes por Local de Trabalho (RLTs), que terão reunião nesta sexta-feira (10), às 19 horas, na sede do sindicato, para debater o assunto. Dessa reunião, surgirão diretrizes para a mobilização dos servidores(as) da Educação, que serão convocados para assembleia na semana que vem – em data, horário e local a serem definidos. A proposta do SISMMAR é de que os trabalhadores(as) da Seduc decidam juntos as medidas a serem tomadas diante de mais essa afronta da administração.
Abaixo, ofício protocolado pelo SISMMAR na Prefeitura quanto à postura da Seduc em sua exigência pela reposição dos dias parados sem qualquer garantia de que o valor dos dias descontados serão restituídos. Veja no documento o que requer o sindicato:
Abusos da Seduc
Vários servidores da Seduc têm procurado dirigentes do SISMMAR para relatar mais uma postura truculenta da administração Pupin. Segundo relatos, diretoras de escolas teriam recebido orientações da Seduc sobre como constranger e intimidar aqueles que aderiram, por quatro dias, a uma greve que se mostrou altamente necessária para que a reposição da inflação (de 11,08%) fosse assegurada à categoria. Sem a greve, é sempre bom lembrar, Pupin teria concedido indignos 4%, ou seja, 7,08% abaixo da inflação. Em outras palavras, Pupin queria empobrecer os servidores(as) justamente num momento delicado de crise, sendo o único prefeito paranaense a negar a reposição da inflação.
A “cartilha” de assédio moral e de intimidação da Seduc, segundo denúncias recebidas pelo SISMMAR e que serão apuradas, inclui as seguintes propostas abusivas para a reposição dos dias parados:
- Professores regentes que aderiram à greve deverão pagar as faltas na primeira semana de julho, já durante o recesso, recebendo horas extras;
- Em ato que pode ser classificado como análogo ao trabalho escravo, a Seduc fez a convocação obrigatória de supervisores(as) e orientadores(as) para a reposição sem direito a horas extras ou banco de horas;
- A recusa do cumprimento do calendário resultará no pagamento de horas extras a outros profissionais que aceitarem o serviço;
- A Seduc informa, de forma desnecessária, que não será feita a devolução dos dias descontados da greve, apesar desse assunto já estar sendo tratado na Justiça pelo sindicato e pela administração.
Se fossem enumerados todos os abusos e os casos de desrespeito desta administração (que só valoriza CCs) para com seus servidores(as) concursados, da Educação e de todas as outras áreas, certamente os relatos não caberiam em um livro. Por isso, a mobilização e a união da categoria são tão importantes. Foi assim na greve, deve ser assim sempre. Juntos somos mais fortes!