Operacionais da Educação: organização coletiva garante vitórias, mas a luta continua
Servidoras aprovam proposta de Acordo Coletivo de Trabalho, também conhecido como “semaninha”, que amplia os atuais direitos da categoria e dão início a mobilização contrária à terceirização dos serviços que realizam nas unidades
Em assembleia realizada na noite de ontem (13), na sede do SISMMAR, as Operacionais da Educação decidiram aceitar a proposta de mudança no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria, também conhecido como “semaninha”. A vitória foi fruto da organização coletiva das trabalhadoras e trabalhadores que teve início no último janeiro, em uma assembleia que lotou o auditório da entidade, e que teve continuidade através da ação conjunta entre direção do sindicato e Comissão das Operacionais.
Na proposta, as operacionais da Educação terão direito à concessão do recesso de julho, retornando com dois dias de antecedência para a semana pedagógica e para a limpeza das unidades, e ao recesso de dezembro, tempo este que não será deduzido das férias anuais regulares.
Além disso, as operacionais que trabalharem no plantão, poderão compensar o recesso durante o ano letivo, em dias alternados, em até dois dias consecutivos, mediante ciência e autorização da chefia imediata, devendo ser solicitado com antecedência mínima de 15 dias.
Diferentemente da manutenção de um direito, já assegurado pelo Acordo Coletivo de Trabalho anterior, esta nova redação significa uma vitória real. A partir da assinatura do novo acordo, as servidoras e servidores poderão acompanhar o recesso das unidades, nos casos que estes ultrapassem a tradicional “semaninha”.
A luta continua…
Durante as negociações, a secretária de Educação, Nayara Caruzzo, informou para a categoria que há a intenção da Administração Municipal em terceirizar os serviços que elas realizam nas unidades de ensino. Diante este ataque, as servidoras também aprovaram em assembleia o início da mobilização: SERVIDORES EM 1º LUGAR! NÃO À TERCEIRIZAÇÃO!
A gestão Sindicato é pra Lutar juntamente da categoria do funcionalismo municipal aprovaram nas últimas Campanhas Salariais a pauta contrária à terceirização. Na prática, ela significa a fragmentação dos trabalhadores, uma piora nas relações de trabalho e a precarização dos serviços públicos ofertados aos maringaenses.